Que é canal curto de comercialização
e porque é uma alternativa à globalização
A longitude dos canais de comercialização desde uma
perspectiva econômica, se diferenciam pelo número de intermediários que operam na articulação entre produção e consumo. Um
canal longo ou tradicional é aquele onde diferentes agentes desenvolvem as funções
de atacado e varejo.
O atacadista é quem está em contato com o produtor, adquire
grandes quantidades de produto que
transporta e estoca em locais próximos aos
centros de consumo. O varejista é que está em contato com os consumidores, adquire
produto do atacadista e transforma as grandes quantidades do atacadista, em
surtido variado de produtos que vende ao consumidor.
O canal curto é aquele em que um mesmo agente faz as
funções de atacadista e varejista,
estabelecendo contato direto com produtores e consumidores. O encurtamento do
canal entendido exclusivamente como a redução do número de intermediários entre produção e consumo,
tem sido generalizada da grande distribuição comercial alimentaria na
globalização. Ao integrar as funções atacadistas e varejistas e estabelecer
contato com produtores e consumidores , as grandes empresas consolidam seu
poder estratégico no contexto da globalização.
O incremento do numero de intermediários, encarece necessariamente
os preços dos alimentos na venda ao
consumidor, já que cada agente precisa pelo menos pagar os custos do seu
trabalho. Porem a situação inversa é falsa ou como mínimo não automaticamente verdadeira
e a redução do numero de intermediários não garante a redução dos preços de
compra para o consumidor final, nem melhores preços para os produtores.
No outro extremo, um canal de comercialização que parece
longo, por exemplo, um grupo agricultores familiares organizam uma central de cooperativas
que vende seus produtos nos mercados locais através de lojas de cooperativas de
consumidores é identificado pela literatura acadêmica como um canal curto de
comercialização. Então o numero de intermediários não é a caraterística fundamental nem prioritária
na definição dum canal curto.
Os canais curtos de comercialização alimentar são definidos
como “as inter-relações entre atores que estão diretamente implicados na
produção, transformação, distribuição e consumo de novos alimentos” (Renting et al.,2003) Essa definição deixa
aberta a porta a uma ampla gama de formas de articulação da produção e consumo
sendo as palavras chave e
“Não é o numero de vezes que um produto troca de mãos ou a
distância de origem que são necessariamente criticas, senão o fato de que o
produto chegue ao consumidor com informação. É isso o que
permite ao consumidor fazer conexões e associações
com o local/espaço de produção.
Quebra-se assim a definição clássica e convencional de canal
curto e perde importância a questão da distancia física e se formulam quatro caraterísticas
que definem os canais curtos alimentares.
- A capacidade de ressocializar e reterritorializar o produto alimentar gerando vínculos com o local e inclusive com a propriedade.
- A redefinição da relação produtor – consumidor sinalizando a origem do alimento.
- O desenvolvimento de novas relações para novos tipos de oferta e demanda com novos critérios que relacionem preço e qualidade.
- Ênfase na relação entre produtor e consumidor para construir valor. A habilidade em permitir alguma forma de conexão entre o consumidor e o produto alimentar.
Tipos de canais curtos :
“Face à face” ou venda direta onde a confiança está mediada
pela interação pessoal
“Proximidade espacial” incluindo todo tipo de alimentos
produzidos e distribuídos em regiões especificas onde os consumidores
são atraídos pela alusão ao local, do produto.
“Espacialmente estendido” nos casos que o valor e significado que se
transmite ao consumidor se baseiam no local e na produção. (Trasladado a
distancia)

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